Kinross investe em economia de energia e redução de CO2 em suas operações

Cases de melhoria contínua, planejamento estratégico e excelência operacional foram apresentados em seminário do IBRAM

Para reduzir os gastos em suas operações, a Kinross Paracatu adquiriu no último ano, três escavadeiras elétricas – duas em 2020 e uma em 2021. A iniciativa ajudou a reduzir 4 mil toneladas de gás carbônico (CO2) e gerou uma economia de R$5,3 milhões no custo da mina. A experiência da mineradora virou case de sucesso e foi apresentada no Seminário Eficiência Energética na Mineração – Compartilhando Experiências do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), no início de novembro.

O evento organizado pelo IBRAM, teve a participação de várias empresas da área para trocarem experiências sobre o tema. O case da Kinross mostrou, por meio de números, que o investimento em escavadeiras elétricas, também conhecidas como Shovells, trouxe economia para a empresa e benefícios para o meio ambiente.

De acordo com a análise da Kinross, o consumo de diesel foi reduzido em 1,5 milhões de litros nos equipamentos de carga e 0,5 milhões de litros nos equipamentos de transporte. O objetivo da mineradora, com as escavadeiras elétricas, é aposentar aos poucos as carregadeiras hidráulicas que são utilizadas nas operações da mina, melhorar a eficiência dos carregamentos, promover mais economia por meio do baixo uso energético dos equipamentos e reduzir a emissão de gás carbônico (CO2).

As carregadeiras ainda são utilizadas e necessárias, de acordo com a análise da Gerência de Melhoria e Planejamento Estratégico da Kinross, mas as Shovells, mesmo sendo equipamentos grandes e pesados (1200 toneladas), têm caçamba com capacidade para 109 toneladas e, além disso, o tempo de montagem da última escavadeira superou as expectativas, pois foi menor que o esperado.

Outro case de sucesso da Kinross, também apresentado no seminário, foi a Otimização do Circuito Moagem Planta 1. O projeto, elaborado pela equipe de Melhoria Contínua e Excelência Operacional, contribui para uma maior economia e consequentemente, melhora a eficiência energética, pois com um moinho extra adicionado, além dos quatro já existentes, a moagem passa a acontecer no quinto moinho, o que diminui o consumo de energia e facilita a operação.

Com o quinto moinho, os custos da operação são reduzidos porque eliminam bombas que consomem muita energia. Nesse caso, bombas menores são adicionadas e ajudam a converter o consumo anual de 32 mil MWh para 21 mil MWh. Essa mudança traz uma economia bastante significativa, além de reduzir o desgaste das bombas e diminuir a emissão de CO2.

A Kinross atua nas atividades de pesquisa e desenvolvimento mineral, mineração, beneficiamento e comercialização de ouro. É uma das maiores produtoras de ouro do Brasil, responsável por 22% da produção nacional. Focada nas novidades do setor, investe em excelência operacional, eficiência energética, e possui uma plataforma de investimento social, o programa Integrar, que atua nos eixos de educação, geração de trabalho e renda, educação ambiental e cultura.

Com operação na mina Morro do Ouro, em Paracatu, noroeste de Minas Gerais, a Kinross responde por cerca de 22% dos postos de trabalho formais do município. São mais de 1.800 empregos diretos e quase 4 mil terceirizados.